Síndrome do Túnel do Carpo
16 de dezembro de 2024Dedo em Gatilho
Chamamos de dedo em gatilho a condição que causa dor e “travamento” em um ou mais dedos da mão. Estão envolvidos o tendão flexor e a primeira das polias do dedo, que sofrem atrito e espessamento conforme evolução da doença. O tratamento pode ser conservador, com uso de órteses e terapia da mão, ou cirúrgico, para descompressão do tendão e, quando bem indicados, ambos podem trazer bons resultados.
A avaliação com médico especialista é fundamental para confirmar o diagnóstico e conduzir o tratamento mais adequado para cada paciente.
- Introdução
- Como ocorre o dedo em gatilho?
- Como decidir se o melhor tratamento é cirúrgico ou conservador?
- Diagnósticos diferenciais
- Perguntas frequentes
Introdução:
A tenossinovite estenosante dos flexores, ou dedo em gatilho, como é mais conhecida, é uma condição que acomete cerca de 2% da população geral, é mais comum no dedo anelar e no polegar e pode ser mais frequente em pacientes com diabetes mellitus, artrite reumatoide e outras condições sistêmicas. Pode ocorrer em qualquer idade, inclusive crianças (dedo em gatilho congênito, por exemplo) mas é mais comum entre os 50 e 60 anos e é mais prevalente em mulheres.
Chamamos de dedo em gatilho a condição que causa dor e “travamento” em um ou mais dedos da mão. Estão envolvidos o tendão flexor e a primeira das polias do dedo, que sofrem atrito e espessamento conforme evolução da doença. O tratamento pode ser conservador, com uso de órteses e terapia da mão, ou cirúrgico, para descompressão do tendão e, quando bem indicados, ambos podem trazer bons resultados.
A avaliação com médico especialista é fundamental para confirmar o diagnóstico e conduzir o tratamento mais adequado para cada paciente.
- Introdução
- Como ocorre o dedo em gatilho?
- Como decidir se o melhor tratamento é cirúrgico ou conservador?
- Diagnósticos diferenciais
- Perguntas frequentes
Introdução:
A tenossinovite estenosante dos flexores, ou dedo em gatilho, como é mais conhecida, é uma condição que acomete cerca de 2% da população geral, é mais comum no dedo anelar e no polegar e pode ser mais frequente em pacientes com diabetes mellitus, artrite reumatoide e outras condições sistêmicas. Pode ocorrer em qualquer idade, inclusive crianças (dedo em gatilho congênito, por exemplo) mas é mais comum entre os 50 e 60 anos e é mais prevalente em mulheres.
Como ocorre o dedo em gatilho?
A principal causa é a idiopática, ou seja, não há uma causa bem definida. Sintomas de dor na mão podem aparecer espontaneamente, às vezes associados a um trauma ou aumento repentino de atividades realizadas.
Na anatomia normal da mão, os nossos tendões flexores dos dedos entram em um túnel de polias (túnel osteofibroso), sendo a primeira polia chamada A1. Este túnel tem função de manter o tendão próximo às falanges e biomecanicamente auxilia na função dos dedos e força de flexão.
Na evolução da doença, a primeira polia (A1) sofre alterações histopatológicas devido ao atrito com o tendão flexor, ficando cada vez mais espessa e reduzindo o espaço para passagem do tendão. Por sua vez, o tendão flexor também sofre com o atrito na polia A1, ficando também mais calibroso e com dificuldades de deslizar livremente, causando sintomas de travamento e dor.
É classificada segundo a gravidade do travamento, descrito por Green
Grau 1 – Dor na palma da mão, na polia A1 (Pré gatilho)
Grau 2 – Gatilho em que o paciente consegue “soltar” o dedo engatilhado com a força do próprio dedo (Gatilho ativamente redutível)
Grau 3 – Fase em que o dedo engatilhado precisa da ajuda da outra mão para “liberar” o tendão (atenção que nesta fase, é importante fazer a liberação da maneira menos traumática possível, sem fazer tanta força)
Grau 4 – Dedo em gatilho irredutível (Não é possível realizar o destravamento do dedo nem com o uso da outra mão) – Neste caso é importante agendar avaliação com médico especialista com brevidade, para evitar rigidez das articulações pelo movimento reduzido do dedo acometido.
Tratamento do dedo em gatilho
É importante confirmar o diagnóstico com avaliação médica por especialista. Os exames de imagem como radiografias, ultrassonografia e ressonância magnética podem fornecer mais informações sobre a gravidade e lesões associadas.
Após o diagnóstico, é importante conversar com seu médico sobre o tratamento conservador, que envolve mudança de hábitos, equilíbrio de atividades com as mãos, uso de órteses, terapia da mão e uso de medicamentos para reduzir a inflamação entre o tendão flexor e a bainha A1.
Nos casos em que o travamento do dedo é bastante exuberante e quando o tratamento conservador não é possível ou não proporcionou os resultados esperados, o tratamento cirúrgico envolve a liberação da polia A1 para descompressão do tendão no principal ponto de atrito e estenose.
A cirurgia é considerada um procedimento de pequeno porte, geralmente com incisão respeitando as linhas de força da mão para que fique esteticamente adequada. A primeira polia deve ser totalmente liberada, com técnica adequada e proteção de estruturas próximas, como o feixe neurovascular. Lembrando que toda cirurgia, por menos invasiva que seja, pode apresentar complicações e as dúvidas relacionadas aos riscos e ao pós operatório devem ser esclarecidas na consulta!
Diagnósticos diferenciais
Dor na musculatura intrínseca (interósseos e lumbricais) podem causar dor na topografia da polia A1 e podem confundir o diagnóstico de dedo em gatilho na fase pré-gatilho
Doença de Dupuytren causa flexão do dedo, podendo mimetizar o dedo em gatilho, porém, a patologia envolve principalmente o tecido subcutâneo e fáscia palmar
A lesão na banda sagital, na face extensora, geralmente pós traumática, pode causar ressalto no movimento do dedo, podendo ser similar ao dedo em gatilho e o tratamento é bastante diferente.
Cistos de polia podem estar presentes associados ao dedo em gatilho ou isoladamente.
Perguntas frequentes
Todo dedo em gatilho deve ser operado?
Não, existem indicações específicas. Qualquer cirurgia, por mais simples que seja, deve ser indicada com seriedade.
A cirurgia do dedo em gatilho precisa de anestesia?
- A liberação do dedo em gatilho deve ser realizada da forma mais confortável e segura para o paciente. Pode ser realizada com segurança com anestesia convencional ou anestesia local e essa decisão deve ser realizada em conjunto
É fundamental a realização de exames para o diagnóstico do dedo em gatilho - O diagnóstico do dedo em gatilho é clínico, porém, os exames de imagem têm o papel de confirmar o diagnóstico e excluir lesões associadas.